sexta-feira, abril 8

TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES

UM MERCADO MILIONÁRIO E CRUEL

O Brasil é um dos países que apresentam maior biodiversidade no mundo.Essa biodiversidade enche os olhos, e o bolso dos mais ambiciosos desde a época do descobrimento, quando as caravelas que aqui chegavam, retornavam a Portugal repletas de peles de onças e aves. Hoje, o tráfico de animais silvestres tornou-se um problema seríssimo, já que é o terceiro maior do mundo, estando atrás somente do tráfico de drogas e de arma. Não existem estatísticas exatas, mas as estimativas são assustadoras. Cerca de 20 milhões de filhotes de aves e mamíferos são arrancados de seus ninhos e tocas todo o ano. Desses, apenas 1% chega ao destino final; o restante morre nas mãos dos traficantes devido aos maus tratos. Ou seja, de cada 10 filhotes arrancados de seu habitat natural, 9 morrem. Apesar deste número, o tráfico continua aumentando,
pois mesmo assim é um negócio altamente lucrativo, que movimenta 10 bilhões de dólares por ano, dos quais o Brasil participa com 15% aproximadamente.


QUANTO MAIS RARO, MAIS CARO
Essa é a premissa do tráfico de animais silvestres, que hoje é um dos principais fatores do desaparecimento
da fauna brasileira. No país, 218 espécies animais encontram-se ameaçadas de extinção, sendo que 7 delas
foram consideradas extintas por não existir registros de sua passagem, observação e presença nas matas há mais de 50 anos.


LEGISLAÇÃO E ÉTICA
Os animais silvestres são protegidos pela legislação brasileira, ficando o infrator sujeito à lei de crimes ambientais (Lei 9605 de 12 de fevereiro de 1998). A posse de aves da fauna brasileira e de animais selvagens exóticos é possível desde que oriunda de criadouros autorizados pelo IBAMA e com a devida documentação de origem. Os proprietários de animais silvestres de origem não comprovada estão sujeitos
às penalidades da Lei. Nunca compre aves silvestres originárias do tráfico ou de origem não documentada,
pois isso incentivará a retirada de filhotes e mesmo aves adultas da natureza. A maioria das aves capturadas
acaba morrendo antes de chegar às residências.



FONTE: IBAMA

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