sábado, março 17

Este professor nos deixou um legado!



Nosso respeito e admiração a este homem que nos ensinou a amar e respeitar os animais.Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA)
Morreu na noite de quarta-feira (14), vítima de atropelamento, César Ades, professor da Universidade de São Paulo (USP) e um dos maiores especialistas do Brasil em Etologia, disciplina que estuda o comportamento animal.

Nascido no Egito, Ades construiu sua carreira de professor e pesquisador na USP, onde ingressou como estudante de graduação em 1960. Entre outros cargos acadêmicos, foi diretor dos institutos de Estudos Avançados (IEA) e de Psicologia da universidade paulista.

Referência no estudo sobre a proximidade entre cães e humanosDurante muitos anos o psicólogo César Ades estudou a comunicação dos cães com os humanos e descobriu que eles são, sim, mais espertos que se imagina. “O cão obedece ao ser humano, se integra a uma família e a uma vida de trabalho. Durante muito tempo esse animal foi pouco estudado, pois ninguém queria estudar um bicho de estimação. Mas quando você começa a analisa-lo cientificamente, percebe que ele tem capacidades capacidades cognitivas, de raciocínio, de memória e de aprendizagem notáveis”, afirmava o pesquisador.

Ades tinha 100% de certeza de que o cachorro consegue se comunicar com os humanos e entende a expressão facial, as palavras e os gestos. “Se você isola o cão e não o deixa interagir, ele não vai aprender. Então, ele precisa viver em um meio humano para adquirir essa incrível sensibilidade para a face do ser humano, para o gesto do ser humano”.

Em uma de suas últimas entrevistas, Dr. César Ades deixou uma mensagem sobre a relação afetiva entre os humanos e os animais, na verdade, um recado sobre a existência real de compaixão ao próximo: “Escolhemos o cão para nossas necessidades afetivas, e, se encaixa muito bem. Portanto, ele passa a exercer um papel terapêutico, de lhe proporcionar uma satisfação social que, às vezes, a outros seres humanos ficam mais difíceis. Ele é o inocente da casa, não um mentiroso. Tem uma alegria tão espontânea que te cativa”.

Durante 40 anos de pesquisa e muitas descobertas, o professor se sentia como um iniciante na área: “Sempre tem alguma coisa nova, que nos ensina e corrige as concepções que você já fez. É de uma riqueza impressionante”.

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