quinta-feira, março 22

Psiquiatra de cachorro sim, por que não?

*Ronaldo Jacobina
Desde que passou a trabalhar com clínica comportamental (ou zoopsiquiatria), o médico veterinário Stéfano Mendes Lima, 33, tem aprendido a conviver com a intolerância daqueles que insistem em desqualificar a sua área de atuação. “Não me importo mais”, garante. Mais difícil que driblar os piadistas é conquistar o reconhecimento dos colegas. O baiano é um dos dez únicos profissionais no Brasil a abraçar a causa dos animais com problemas psicológicos. A dificuldade de aceitação começa na falta de especialização. “Não existe um curso, aprendemos estudando muito”. Formado em medicina veterinária pela Universidade Federal da Bahia, Stéfano sempre se interessou por pesquisar o que vai na cabecinha dos animais. E na dos humanos, também, claro. Tanto que pretende fazer um mestrado em psicologia. Suas declarações podem até soar, para alguns, polêmicas, mas quem tem um animal de estimação entenderá o que ele diz.
Fotos: Fernando Vivas | Ag. A TARDE
O senhor costuma escutar piadinhas quando se apresenta como psiquiatra de cachorro?
O tempo todo. Há um certo preconceito com tudo que venha do racional, as pessoas têm preconceito com os indivíduos que têm a cognição mais lenta, com quem tem retardo mental e têm preconceito com quem tem distúrbios mentais ou psicológicos. Então isso é transferido para psiquiatras que cuidam de animais. Me perguntam se eu cuido de cachorro louco, se coloco o animal no divã, essas coisas.
Como lida com isso?
Eu já me habituei e respondo às ironias com profissionalismo e seriedade, porque como é uma área que está começando, somos apenas 10 no Brasil, seria complicado se brincasse com isso. Levo para a seriedade, explico que é uma nova área, que os animais sofrem de distúrbios comportamentais.
Quais os animais que mais “precisam” os seus serviços?
Eu trabalho com cães e gatos. São animais com problemas sérios, que estão em situações extremas, que vem sendo tratados há muito tempo. A questão é que, no geral, os colegas tratam os sintomas, mas não a doença. Por exemplo, problemas de pele, de agressividade podem ter origem psicológica. No geral, já usaram de todos os recursos clínicos e não melhoraram porque a questão é psicológica. Há muitas doenças que são psicosomatizados como vitiligo, dermatoses psicosomáticas, e muitas outras coisas que os profissionais classificam como atopias. Às vezes com um simples tratamento comportamental é possível controlar um problema de pele que vem se arrastando há anos.

Como se dá a consulta? Em consultório ou no lugar onde vive o animal?

Pode ser nos dois. A literatura afirma que o melhor lugar para tratar o animal é no lugar onde ele vive, porque o problema pode estar ligado ao lugar, às pessoas que convivem com o animal. Eu costumo seguir essa linha. Quando atendo o “paciente” na casa dele, eu posso observar melhor, não só o comportamento do animal – embora muitas vezes com a presença de estranhos o animal não apresente esses distúrbios – mas também conversar com os donos e as pessoas cque convivem com os animais, e assim chegar ao diagnóstico.

Quanto tempo dura uma consulta, qual o tempo médio de tratamento e quanto custa a sessão?

Uma consulta nunca dura menos de duas horas – já cheguei a ficar quatro horas, porque você tem que observar o comportamento do animal por mais tempo, conhecer a família dos animais, porque às vezes o comportamento é herdado dos pais e também o das famílias, porque muitas vezes alguns comportamentos humanos podem influenciar no dos animais. E o tratamento pode durar muito, como pode durar uma semana. Não trabalhamos por sessão, mas sim por mês. A gente faz uma acompanhamento rígido durante um período e, algumas vezes, o animal precisa tomar um medicamento controlado, então você precisa ter atenção especial para acompanhar, ajustar doses, essas coisas. O tratamento mensal sai em torno de R$ 150.

Os animais tomam tarja preta?

Sim, mas nem sempre é necessário. Ás vezes, um floral de Bach resolve completamente, mas há casos em que é necessário entrar com um benzidiazepinico.
Todos os animais criados em casa precisam de tratamento?
Nem todos. O grande problema do animal doméstico hoje é a humanização. Você encontra cães e gatos que não se vêm como cães e gatos. Em função dessa humanização, eles se vêm como pessoas. O que ele costuma ver são os humanos, então eles acham que são como estes. Quando ele vê um dos seus pares, não é como a imagem que tem de si mesmo. Ele acha que ali é um ser diferente dele, daí que há animais que não conseguem conviver com outros animais.
O senhor está querendo dizer que os animais pensam?
Com certeza, a ideia de racional e irracional há muito caiu por terra. Os animais podem planejar o futuro, tem estudos que confirmam isso. Os golfinhos, por exemplo, são mais inteligentes até do que os chipanzés. A questão do racional e irracional era que o humano estava procurando uma linguagem verbal e os animais sabem a linguagem não verbal. Quando você vê dois cães interagindo, eles ficam latindo, grunindo,rosnando e fazendo todo um ritual facial, de rabo, orelha, eriçando a sobrancelha. A comunicação entre eles é não verbal. Eles não vão vão falar um com outro: auauauauau e o outro responder auauau. Não. É por isso que o humanos (no geral quem tem cão em casa) acha que o cão entende o que ele fala, o que ele está pensando. Porque quando ele pensa, ele reage com o corpo e essa linguagem corporal o cão lê completamente e com isso interage com o humano.

Ele aprende a entender o humano com o convívio?

Sim, o cão aprende observando e imitando o humano. Isso é muito importante porque o canídeo selvagem é um caçador e para caçar ele precisava observar e ter tática para caçar e quando ele ia caçar e havia mudanças de itinerários das presas, o líder emitia grunidos que os outros entendiam. O animal sabe calcular, como nós. Ele, assim como o humano, não precisa de calculadora ou régua para medir um espaço que pretende pular. Ele calcula mentalmente se aquele obstáculo pode ou não ser vencido por ele.

Quem são de fato os “pacientes”? Os animais ou os donos?

Em alguns casos, o dono, em outros o animal. Eu não tenho capacitação ainda para tratar o dono psicologicamente, mas quando percebo um problema desta ordem, indico que ele procure um profissional. Eu sou habilitado para perceber, não para trata-lo. Mas muitas vezes, a questão é do animal mesmo, porque o comportamento também é genético, são passados de pais para os filhotes. Eu fui chamado, certa vez, para atender duas cadelas que estavam brigando muito. Percebi que o casal de donos estava em crise e que se aproveitava daquela situação dos animais – que precisavam ficar longe um do outro – para justificar estes donos a dormirem em quartos separados. Falei com os dois e eles confirmaram a crise e buscaram ajuda para resolver a questão. Em seguida, tive que “trabalhar” com os animais para que eles parassem com aquele comportamento. O que estava acontecendo era o seguinte: como os animais sentem muito e percebem a linguagem não verbal, isso os afeta, muda o comportamento deles.

E quem muda mais depois do tratamento?

Quando eu atendo animais que estão com problemas graves de distúrbio, em geral, com algum grau de depressão. Na maioria das vezes, quando me procuram, é porque estes donos têm muito apreço por seu animal. E observe que as mudanças de comportamento dos donos com relação ao seu animal de estimação afetam muito os bichinhos. Por exemplo, se o animal é habituado a subir na sua cama e de repente, surge um problema de pele e você deixa de fazê-lo, o animal sente profundamente. Isso acontece muito.
Os animais sofrem da síndrome de ansiedade da separação?
Sim, muito. É aquele animal que quando o dono sai de casa, ele fica histérico, ele é tomado por uma síndrome de pânico, vai latir muito, os vizinhos vão reclamar, enfim, vira um grande problema cada vez que você o deixa sozinho. Mas isso é pefeitamente tratável. É em horas como essa que entra nosso trabalho. A medicina veterinária, como medicina observa muito os sinais clínicos e parte para tratar da parte fisiológica. O médico veterinário, na sua formação, não tem um grau de conhecimento da parte psicológica, isso eu fui buscar na psicologia evolutiva, e quando você percebe que o seu animal está com um sinal clínico de distúrbio comportamental, já passou da hora de me procurar.
Os animais absorvem o comportamento dos seus donos?
Absorvem, porque eles aprendem por imitação. Se você é uma pessoa hipertiva, seu animal certamente o será também. Aí temos três fatores: específico (gato e cachorro agem de forma diferentes); racial (um pug é mais tranquilo, o pincher é mais agitado) e o individual, que é a personalidade do animal. Eu tenho muita coragem de falar que o animal tem personalidade, pode colocar isso em letras garrafais, porque pouca gente tem coragem de admitir que todo animal tem um lado racional. Só quem tem um, que convive com ele, e olha no olho dele, é quem sabe que o animal tem personalidade, que entende o que você diz, que ele não é irracional. Tinha uma coisa que eu não podia falar nem para certos professores da universidade sobre cães: psicopatia. Tem cachorros psicopatas, só que não é aquele que sai por aí matando todo mundo. A psicopatia a que me refiro é aquela do animal que vê coisas que não existem, eles interagem com coisas que não existem.
São animais esquizofrênicos?
Sim, esquizofrenia é um tipo de psicopatia. Você já viu um cachorro tentando pegar uma mosca imaginária, rodando em volta do próprio rabo como se alguém estivesse mordendo o rabo dele? Isso é esquizofrenia.

A medicina veterinária reconhece isso?

A mundial sim, a brasileira não e a Anvisa não reconhece alguns usos de medicamentos. Eu utilizo um medicamento humano, extra bula. Ou seja, um medicamento que várias pesquisas indicam o uso, mas a Anvisa não falou: olha isso aqui é pra aquilo e está escrito na bula. Medicamentos veterinários para estes casos não tem, por isso utilizo muito os de farmácia de manipulação por causa da dosagem. Eu sou o único médico veterinário da Bahia que tem autorização da Anvisa para usar receituário azul, que é exclusivo de médico. É para uso do diazepim. Esse receituário inclusive, já é regulamentado em livro de terapêutica veterinária, mas aqui não tem procura.

Existem os animais sociopatas também? 

Sim, claro, principalmente os que são humanizados. Estes, no geral, evitam o contato com outros animais e alguns, até com outros humanos que não sejam da família. Os animais que nunca saem de casa poderão se tornar sociopatas. Tem muita gente que não leva seus cães às ruas com medo de pegar de doenças, essas coisas. Os cães que ficam presos o tempo inteiro, escutando apenas os sons que vêm da rua, sem contato com humano, nem com outros cães, que só vêm alguém uma vez por dia quando este vai lá e deixa a comida pra ele, esse animal vai sofrer de frustração. Ou vai entrar numa depressão profunda ou se torna agressivo e o dia em que os soltarem, fatalmente atacarão alguém. Porque os cães e gatos são animais sociáveis. O cão é animal de matilha, o gato é animal de família. Então quando eles são privados de convívio, eles sofrerão distúrbios comportomentais.
A depressão é comum em cães e gatos?
Muito comum. As pessoas adquirem um animal para ser de estimação e não se preocupa em saber nada sobre ele. Inventam que determinadas raças são animais de companhia e simplesmente os compram. Só esquecem que privar um animal do convívio social é cárcere privado, é pior do que privar um humano, porque este pode assistir à televisão, falar ao telefone, ler, jogar, interagir com o mundo de outras formas. O animal não. Ele depende da vontade do dono. No geral, as pessoas saem pro trabalho e não deixam um brinquedinho, às vezes nem comida, o bichinho fica desolado. Quando o dono chega a noite, o animal fica louco pra brincar, pra interagir. Como muitas vezes o dono chega cansado, não dá bola pra ele, então o animal fica triste, deprimido. Daí isso pode se tornar um Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), como lamber o mesmo lugar o tempo inteiro, muitas vezes até ferir, mas esse lambido traz um prazer, se torna um narcótico para o cão. E o TOC é um dos transtornos mais difícies de se trabalhar.
No período de gestação, felinos e caninos ficam mais sensíveis, assim como as mulheres? Como lidar com gatas e cadelas grávidas?
Sim ,bastante. Inclusive como as mulheres, as cadelas podem desenvolver a gravidez psicológica. A gata, não, porque é coito independente, ela só ovula depois que é penetrada. A cadela tem um ciclo de cio, de seis em seis meses. Esse é um comportamento natural das cadelas que é o seguinte, quando as fêmeas de castas mais altas tem filhotes, esses hormònios desencadeiam nas cadelas de castas mais baixas (as que não saem para caçar e que não geram filhotes) comportamento maternal e uma alta de prolactina que faz com que elas produzam leite e fiquem bastante maternais a ponto de adotar e amamentar filhotes de outros seres, especialmente dos cães. No caso das cadelas de companhia, elas adotam um bicho de pelúcia ou qualquer outro objeto da casa como filhote e se comportam como se estivessem gestantes, inlcusive podem amamentar.
Quando nascem os filhotes as fêmeas requerem cuidados mais especiais? 
Os felinos são as melhores mães do reino animal. São autosuficentes. A pior coisa que você pode fazer por uma gata é ajudá-la no parto. Quando isso acontece, existe a possibilidade da gata segurar o filhote no útero por mais de uma semana quando se sente ameaçada.
Porque algumas gatas comem os filhotes quando nascem?
Isso acontece quando elas se sentem ameaçadas. Há uma programação de que “eu sou fêmea, eu tento ajudar o meu filhote. Se eu consigo ajudar o meu filhote, ótimo, vou fazer com que meu gene seja transmitido. Se eu não consigo ajudá-lo, eu o mato, me alimento, para entrar no cio, ter uma nova gestação e ter meus filhotes num lugar mais seguro”. E no caso dos animais excessivamente humanizados, eles sentem uma repulsa por aquela cria que não é a cara dela e ela não vai criar o filhote dos outros. A forma de você lidar com gatos é respeitando o comportamento deles. Eles têm uma personalidade muito forte e se você vai contra essa personalidade, ele pode te agredir, porque ele impõe a personalidade dele. Quando ele quer carinho, você faz, quando ele não quer, não insista porque você vai estar agredindo ele.
O comportamento dos donos também influencia o dos gatos? 
Muito menos que os cães. Até por essa independência, mas a gente vê muito problema de pele psicosomatizados, lambedura psicosomatizada…
Em função do que? 
De ficarem sós. Porque, ao contrário do que se pensa, o gato não é ser que vivia sozinho no mato e que não gosta de conviver com outros. Assim como os leões, os tigres, gatos viviam em família. Para eles, é importante a sociabilização. Um gato não vai conseguir viver com um milhão de gatos, mas convive bem com outro, se for colocado de forma correta, ele precisa viver. Muitas vezes a cura para estes distúrbios é colocar outro gato para conviver com ele. O siamês, por exemplo, pode até viver bem sozinho, mas um persa precisa conviver com outros animais, mesmo que seja um cachorro. É mito que eles gostam de viver e de que são mais apegados à casa do que ao dono. Eles são independentes, mas eles gostam de carinho, mas tem que ser no tempo deles.

E quando nascem os filhotes, é preciso cuidado especial com a mamãe?

Só de alimentação. Quer ver uma coisa? A gata pega os filhotes recém-nascidos e os coloca em lugares diferentes. O dono vai e junta todos no mesmo lugar. Isso é a pior coisa que se deve fazer. Se ela escondeu o filhote é porque ela se sentiu ameaçada. Se você fizer isso, ela pode até matar o filhote.
Como os animais encaram a separação dos filhotes?
Elas não encaram com tanto problema se forem separados no momento certo. Na natureza, todos os comportamentos são feitos para economizar energia. As fêmeas cuidarão daquele filhote até saber que eles podem caminhar sozinhos e que estão prontos para passar aquele gene adiante. Nesse momento ela corta a relação com o filhote.
E qual é o tempo ideal para separá-los?
Em geral, nos primeiros 45 dias é dada a primeira vacina e como os proprietários não querem arcar com os custos da vacina, eles costumam desmamar os filhotes e vendê-los ou dá-los. Não há pior mau trato do que esse, porque dos dois aos seis meses é quando o animal (gato e cão) vai desenvolver sua personalidade. Sabe aquele hábito de mordiscar que o gato tem? Pois ele aprende com a mãe e com os irmãozinhos, se ele não aprende isso, toda vez que for morder, ele o fará de forma forte. O cão vai aprender alguns hábitos como o de fazer as necessidades em determinado lugar com a mãe, se a mãe não teve tempo de ensinar ele vai demorar mais tempo para aprender. O melhor período seria dois meses e meio que é quando a mãe já não dá mais tanta importância aos filhotes. Tem uma coisa grave que eu vou creditar à minha classe que é a de orientar os donos a somente levar o animal para rua depois de tomar a última dose das vacinas. Isso é a pior coisa que se pode fazer. Porque se você tranca o animal em casa, ele não vai se desenvolver na fase em que ele precisava estar convivendo com outros filhotinhos. Tem bolsas que são ideiais para carregar filhotes de cães e gatos. Quando eles querem, colocam a cabecinha pra fora, quando não querem ficam lá dentro. Você deve levá-los à praia, ao shopping… Olhe, estou falando com gato também. Essa ideia de que gato não gosta de sair de casa é puro mito. O que ele não suporta é coleira. Como os bebês humanos, os gatinhos e cãezinhos precisam ter contato com areia, frio, calor, diversos tipos de materiais, grama, com outros filhotinhos para que eles se socializem.
Fonte: Revista Muito

4 comentários:

  1. CARO AMIGO, BOM DIA, TENHO UMA CADELA HUSKY DE 12 ANOS, ATE 6 MESES ATRAS ELA ERA NORMAL.. DE UNS TEMPOS PRA CÁ, ELA ANDA EM CIRCULOS, SEMPRE PARA A ESQUERDA, NU RAIO DE 2 OU 3 METROS.. AS VEZES ELA PARA NUM CANTO E FICA ALI DE CABEÇA BAIXA E EM PÉ. OLHANDO PRO CHÃO NESTE MESMO CANTO,.. ISSO QUANDO NAO DERRUBA CADEIRAS, ETC.. O QUE ELA PODERIA TER?? TRAUMATISMO? ESQUIZOFRENIA? GRATO PELA RESPOSTA ANTECIPADA, ABS, FONTANA

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    1. Esquizofrenia não me parece ter nenhum indício, pois não consigo visualizar nem delírio nem alucinação, eu investigaria mais a parte fisiológica, obviamente muito pouca informação, mas com estas eu não me preocuparia com comportamental não.

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  2. o sr. é do rj? pois minha labradora de 3 anos é a quarta vez q ataca minha basset de 10 anos, estou vendo a hora em que ela irá matar a menor, a labradora não gosta da convivencia c outros caes,não sei mais oque fazer...ja castrei e adestrei e nada! me ajude

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  3. Olá
    Como faço paa entrar em contato com o Dr. stefano?

    Obrigada

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