quinta-feira, maio 24

MUNDO DOS NEGÓCIOS PET


Condomínios têm ambientes exclusivos para o seu pet


Estima-se que, somente na cidade de São Paulo, 65% das residências verticais possuem animal de estimação. E eis aqui um dos principais problemas nas relações entre os moradores e pauta quase sempre presente nas reuniões de condomínio. Afinal, deve mesmo ser complicado gerir a harmonia de um ambiente tão heterogêneo – com pessoas que amam animais e outras nem tanto ou nada.
Com o mercado imobiliário nacional em constante crescimento e, conseqüentemente, a concorrência acirrada, as construtoras aderiram à uma solução já existente em outros países e que agora vem ganhando espaço no mercado imobiliário das capitais e grandes cidades brasileiras: empreendimentos com espaços reservados para os animais de estimação.
O nome pode variar: pet care, pet walk, pet play, space dog, pet garden, pet place ou pet space. O que importa é os novos empreendimentos já se preocupam em oferecer uma área destinada exclusivamente ao cuidado e entretenimento de seu animal de estimação.
Estes espaços podem ser variados de acordo com o projeto do condomínio, mas em geral eles oferecem áreas para que o dono possa brincar, passear e até mesmo cuidar da higiene do animal. Alguns montam uma sala equipada para banho e tosa e outros chegam a construir rampas e tubos para que os mais agitados possam se exercitar praticando o agility.Mais do que uma área para passear com seus bichinhos, o Pet Care é um ambiente projetado com toda a infra-estrutura para que moradores possam passar mais tempo com seus animaizinhos, se divertindo e oferecendo todo o cuidado necessário sem precisar sair de casa.
Além de promover a boa convivência social, este tipo de serviço oferecido pelos condomínios é também uma questão de segurança, já que o morador pode sair para passear com o seu animalzinho sem precisar deixar a proteção do sistema de segurança do edifício. Inclusive as crianças.

A coordenadora de marketing da Imobiliária Galvão, Fernanda Miranda, declarou que os corretores estão percebendo o quanto as pessoas passaram a valorizar estes espaços. “Alguns materiais para brincadeiras ou espaços para exercício são o suficiente para que os donos fiquem satisfeitos”, garante. Ou seja, não importa a raça de seu pet, Labrador, Basset, Lhasa Apso, Fox Terrier, ou um simpático vira-latas, eles estão ganhando cada vez mais espaço, a maioria deles já faz parte da família e agora têm, inclusive, poder de decisão na hora da escolha pelo novo imóvel da família. 
Atenta a essa nova tendência, a Tecnisa foi a primeira construtora a desenvolver um condomínio com Pet Care.  E a empresa afirma que todos os seus próximos imóveis contarão com o Pet Care em suas áreas sociais.
Outra que hoje também oferece condomínios com espaços para bichos de estimação é a Lopes, com pelo menos meia dúzia de empreendimentos neste perfil na cidade de São Paulo. A Baú Construtora, já tem um prédio concluído que conta com espaço pet, além de quatro obras em anda­mento com  espaços de aproximadamente 20 metros quadrados com caixa de areia e obstáculos.
Vale lembra que, ao criar espaços exclusivos para os pets, os residenciais também precisam estabelecer condições para a utilização. O uso obrigatório de coleiras, mesmo se o cão for pequeno, e a responsabilidade do dono de recolher as fezes do animal são primordiais. Isso para não atrapalhar as pessoas que não têm animal de estimação. Além de regras, o bom senso de todos é sempre bem-vindo.
Embora algumas pessoas considerem os pet places um modismo da construção civil, especialistas acreditam que esses espaços vieram para ficar. O espaço Pet é sempre um grande apelo para o cliente que gosta de cães. “Quem tem bicho de estimação quer que ele tenha tanto conforto e espaço como um filho merece ter.”
Mas atenção: Substituir caminhadas na rua por idas aos espaços pet só pode ser feito caso o proprietário planeje atividades com o bichinho, como explica Ludmila Zamboni, médica veterinária especialista em comportamento animal. “É importante entretê-lo com brinquedos, esconder ração para que ele procure e estimular o convívio com outros animais do condomínio”, diz. Para Ludmila, deixá-lo no espaço sem que gaste energia não é o suficiente para ser um bichinho saudável.
A especialista diz para não expor o animal ao sol entre 10 e 15 horas e não exagerar nos agrados com comida para os cães que estão acima do peso. “Se houver obstáculos no local, é mais interessante que o cachorrinho fique dentro do condomínio.”
Acho que agora ninguém tem mais desculpa de não morar em um apartamento por causa do seu cachorro, não é pessoal?


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