quarta-feira, setembro 19

O cão late demais? Fique atento!



Latidos excessivos: como agir com seu cão

*Por Joice Peruzzi
O maior problema enfrentado pelos tutores de cães em apartamentos e condomínios é o latido excessivo. Os problemas com latido trazem desconforto ao tutor e vizinhos, mas também podem ser um sinal de que o cão não está em uma situação de bem estar ou está com algum distúrbio de comportamento, do qual o excesso de latidos é apenas um sintoma.
A vocalização é uma das formas de comunicação canina, faz parte do repertório normal da espécie e pode ser demonstrada em inúmeras situações, desde guarda territorial até saudação.
Normalmente os latidos iniciam na interação do filhote com seus irmãos, como uma forma de brincadeira. É importante ressaltar que algumas raças apresentam maior tendência ao latido mas, mais do que isso, alguns indivíduos demonstram desde pequenos que serão mais vocais que outros. Normalmente, esses cães utilizam latidos como forma de chamar a atenção do dono e se não houver um correto manejo, ele passa a usar o latido como forma principal de comunicação.
Mas o latido excessivo não surge apenas como uma forma de chamar atenção, podendo fazer parte de outras questões comportamentais, como a agressividade territorial ou por medo, a disfunção cognitiva, os distúrbios de ansiedade, incluindo a ansiedade de separação e até como uma forma de comportamento compulsivo.
Por isso é muito importante que um caso de latidos excessivos seja muito bem avaliado para que se entenda a causa por trás dos latidos. Muitas vezes a situação é simples, quando o animal utiliza o latido como forma de interação com o ambiente e busca de atenção. Nesses casos, o enriquecimento do ambiente aliado com a mudança no manejo do tutor e aumento de atividade física podem ser suficientes. O cão deve entender que quando late não ganha nenhuma forma de atenção, ou seja, é ignorado completamente e, ao contrário, quando está quieto, ganha imediatamente a atenção de sua família.
Algumas punições como jato de água ou lata com moedas podem ser usadas, mas gritos, agressões físicas e choque não são bons métodos punitivos, pois são excessivos e podem gerar trauma no cão.
Quando o problema com latidos é apenas um sintoma, a questão comportamental por trás dele deve ser tratada. Nesses casos, utilizam-se técnicas, manejos e medicações específicas para cada distúrbio.
É importante ressaltar que em qualquer caso, busca-se um controle maior do tutor sobre os latidos do cão e uma redução nos episódios de vocalização, mas o animal continuará utilizando o latido e outras vocalizações como forma de comunicação, o que é normal e esperado de qualquer cão.

*Médica Veterinária Homeopata CRMV-RS 10379
Comportamento de Cães e Gatos
(51)97266557
www.petestar.com.br

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