Estão todos convidados a embarcar nesta verdadeira "Arca de Noé" para navegarmos em lindas histórias e discutirmos as questões do relacionamento homem-animal.
sexta-feira, setembro 14
quinta-feira, setembro 13
Cadela perdida. Ajude a divulgar!
Esta fofa foi encontrada em Canoas (RS) na rua Aurora. Deve ter se perdido, pois
parece estar tosada e bem cuidada.
Se não encontrarmos os donos estará
disponível para adoção.
Contato:
9561-4880(VIVO) durante a semana após as 17h
3059-2114 – após as 18h
quarta-feira, setembro 12
ADOÇÃO EM TODO O PAÍS
terça-feira, setembro 11
A triste história de vovô Dirceu.Vamos ajudá-lo?
Dirceu ultrapassou todos os limites
da dor e ainda não tem um lar!
Dirceu era um cão amigo que morava no
calçadão de Canoas (RS) eu o tratava e o alimentava ali mesmo, tinha uma
companheira inseparável a ''Preta''.
Um dia a Preta entrou no cio e um
morador de rua que tinha vários cães machos se enfureceu com a briga de todos
os cães na disputa pela cachorra. Então ele chutou o Dirceu até desacordá-lo. Fui
chamada e encontrei meu amigo em coma com vários ferimentos e a cabeça
estourando de tantos chutes que havia levado.
Esperei o Sr Luís Santana vir de
Porto Alegre para me dar carona e com a ajuda dele consegui chegar com o meu
anjo até a clínica onde ele ficou em coma por três dias e três meses internado.
Era difícil visitá-lo, mas eu era a única
pessoa que tinha coragem de ver o Dirceu naquele estado, foi muito difícil. Muitos
amigos me ajudaram e eu agradeço e jamais esquecerei cada um deles.
Foram quase dois anos de luta para
reabilitar o Dirceu.
Ele esteve na casa de várias famílias
, mas sempre davam uma desculpa e eu precisava sair correndo tentando um lugar
seguro para ele.
Ficou cheio de traumas: tem medo de
brigas, de temporal teve incontinência urinária e uma visão comprometida.
Meu anjo voltará a ser um cão de rua,
estará exposto a todos os perigos com todos os seus medos e seus traumas.
Não posso ficar com ele, o abrigo em
que sou voluntária está hiper lotado.
O Dirceu não é só um vira-lata. O Dirceu
é um anjo que experimentou todo tipo de dor física, psicológica e emocional. Hoje
o Dirceu está lindo, totalmente recuperado, mas ainda lhe falta uma família.
Alguém que o ame muito e que saiba e possa compreender toda sua história. Dirceu
é calmo e tranquilo. Se relaciona bem com crianças, adultos e animais,
apresenta porte médio para grande ,tem em torno de cinco anos !
Me ajudem por favor!
Divulguem adoção ou madrinhas sérias
para que eu possa enviá-lo a uma casa de passagem.
Contato:
QUE DEUS POSSA ABENÇOAR A CADA UM DE
VOCÊS
E QUE ESTE AMIGO SEJA DIGNO DE VIDA
LONGE DE TODO O SOFRIMENTO QUE JÁ VIVEU !

QUEM RESISTE A ESSA MAMÃE E SEUS BEBÊS?
Bombom foi resgatada e ganhou seus
bebês 3 dias depois.
Bombom deve ter em torno de 2 aninhos, é de porte pequeno para médio, é carinhosa ao extremo, super meiga e dócil, ideal como cão de companhia. Já está castrada.
Hoje todos estão prontinhos para adoção: são 5 fêmeazinhas
de 35 dias, já comem raçãozinha molhada estão vermifugadas e são super
saudáveis.
Só serão doados para casa bem fechada
para não correrem o risco de se perder
Contatos:
F(51)9166-5275-Porto Alegre
JUCA: O vira-lata casamenteiro!
Conheça a emocionante
história do cachorrinho Juca que se apaixonou pela noiva e quase não aguentou
de tanta emoção na hora do SIM! Uma história linda escrita pelo Dr. Renato,
sobre o dia em que se casou com a Dr. Carol e perdeu o primeiro beijo da noiva
para o Juca, o cachorrinho apaixonado!
Eu me apaixonei por uma mulher linda, veterinária como eu, que tinha
sete vira-latas. À medida que a fui conhecendo melhor pude perceber que ela
tinha predileção por um deles, o Juca. Uma figuraça! Baixinho, gorducho, tão
feio que fica bonito e cheio de problemas de saúde. Ele é a exceção àquela
regra que diz que “os vira-latas são mais resistentes que os cães de raça, não
têm tantas doenças”. Juca teve e tem de tudo. Ainda bem que temos muitos amigos
veterinários competentes e solidários que nos ajudam a mantê-lo vivo e com
qualidade de vida.
Apesar de todos os esforços, cuidados e medicações, esta semana, Juca
teve sua OITAVA síncope (desmaio) acompanhada de parada cardiorrespiratória.
Por sorte, estava na clínica conosco e pode ser salvo mais uma vez contando com
a valorosa ajuda de nosso motorista, Wellington, que percebeu a crise e o levou
correndo para a sala de emergência, onde uma quase dezena de veterinários amigos
o salvaram mais uma vez. Dizem que “os gatos têm sete vidas”. Juca já está na
oitava e, pra recordar uma de suas mais espetaculares “ressuscitações”, conto
aqui uma história que me marcou profundamente.
Quando pedi minha mulher, Carol, em casamento, em outubro de 2010, eu já
tinha a ideia de fazer alguma surpresa envolvendo o Juca em nosso casamento.
Pensava em incluí-lo na lista de convidados ou coisa parecida. Havia um
problema para essa brincadeira poder ser posta em prática: Juca já enfrentava
graves problemas cardiorrespiratórios nessa época, e tanto eu quanto ela
temíamos que ele não resistisse até o “grande dia”. O tempo foi passando e, um
dia, Carol me perguntou: “Se o Juca estiver vivo depois do casamento vamos
levá-lo pra morar conosco ou deixá-lo com meus pais onde já está habituado?”
Respondi que o levaríamos conosco, claro, mas no fundo, duvidava que o
coraçãozinho dele resistisse até lá.
O tempo foi passando e Juca, sempre com sua tosse, se mantinha firme
entre episódios de desmaios e crises respiratórias que, não raro, nos levavam
de volta à Animália na madrugada para oxigená-lo. Eram noites difíceis para mim
e terríveis para a Carol. Juca ficava muito mal. Língua azulada, tosse
incessante, engasgos, não dormia e nós também não. O tempo foi passando, o
casamento se aproximando, até que em abril de 2011, dois meses antes da
cerimônia, a figura teve um desmaio seguido de convulsão que nos fez crer que a
hora tivesse chegado. Corremos pra clínica e, uma vez mais, Juca superou tudo.
Aquela noite, porém, foi diferente das anteriores. O quadro ficou muito feio e
ele teve de ficar internado por 72 horas. Nem visitá-lo podíamos, pois se
agitava de felicidade e, consequentemente, tossia tanto que quase desmaiava.
Quando o trouxemos para casa, ainda fraquinho, ouvi a Carol dizer que “queria
tanto que ele vivesse até o nosso casamento”. Que situação! Como veterinário
sabia o quanto aquilo era improvável e fiquei com tanta pena dela que prometi a
mim mesmo que levaria o Juca ao altar! Sabia que Carol ia adorar. Ele
acompanharia a nossa sobrinha, dama de honra, e traria com ela as alianças.
Estava decidido, desde que Juquinha resistisse até lá. Lembro-me de ter falado
para ele: “Jucão, segura a onda que eu te levo pra festa, valeu?” E não é que
ele entendeu?!? Daquele dia em diante, Juca começou a tossir menos e ficar a
cada dia mais disposto. Outra coisa surpreendente foi que nosso
“relacionamento” também mudou. Ele começou a me acompanhar pela casa toda, só
dormia ao meu lado e até passou a fazer mais festinha pra mim do que pra Carol
quando chegávamos em casa. Comecei a chamá-lo de “meu cachorro” para implicar
com ela.
Uma semana antes do casamento, era chegada a hora de colocar o plano em
prática sem que a noiva percebesse. Pra começar a roupa do pajem. Fui à Via
Canina, pet shop sofisticado de nossos grandes amigos Aline e Guilherme, para
procurar uma roupa condizente com a ocasião. Levei o Juca escondido para
experimentar e encontramos uma roupa marrom que o deixou parecendo um monge,
muito engraçado. Era aquela! A segunda parte, um belo banho, teria que ser
executada no dia do casamento, e assim foi feito. Aproveitando que Carol estava
entretida com seu dia-de-noiva, liguei para meu futuro sogro, Fernando, e
avisei que ia buscar o Juca pro dia-de-pajem. Como íamos nos casar na Spazio,
casa de festas ao lado da Animália, tudo ficou mais fácil. Busquei-o de carro
e, curiosamente, parecia mais disposto do que nunca. Tive que dirigir o tempo
todo com ele no meu colo olhando pela janela, acompanhando tudo. Parecia saber
que seria um dia especial. Parei na clínica, pedi que dessem um banho
caprichado nele e fui para casa colocar meu terno. Tudo certo! Plano perfeito!
Eu ia definitivamente conquistar o coração daquela mulher. Não havia chance
dela dizer não depois de uma homenagem dessas! Mal sabia eu que estava para
começar um dos maiores sustos que já levei.
De banho tomado e vestido para casar,
cheguei à clínica 15 minutos antes da cerimônia para colocar no Juca sua roupa
de monge. Fui até a sala de onde já ouvia seus latidos pois, de alguma forma,
ele pressentia minha chegada. Abri a porta e disse:
”JU-cão, meu camarada, você está lindo! Vamos colocar a roupinha?”
“- Au-Au-Au-Au-Au-Au-Au!!” – respondeu ele, balançando o rabo a ponto de rebolar.
“É, moleque!!! Eu prometi! Você segurou a onda e agora nós vamos comemorar!” – disse eu, já abrindo o canil para pegá-lo.
“Au-Au-Cofff-Au-Au-Cofff” – retrucou a peça tossindo um pouquinho.
“Calma, quietinho, não vai tossir em cima do bolo, heim?” – brinquei enquanto tentava passar a roupa por seu pescoço no mesmo momento em que chegava o pajem-humano, meu sobrinho, Nicholas.
“Au-Coffffff-Coffffff-Au-Cofffff-Coffffffff-Cofffff”.
Agora, ainda mais feliz e excitado pela chegada do menino, o Juca mais tossia que latia.
“Peraí, Juquinha… calma, quietinho… assim você vai acabar demaian…”.
Não consegui nem terminar a frase. Após um latido tão fino que mais parecia um grito, Juca caiu de lado, desmaiado e se urinando. “Meu Deus, matei o Juca!”, pensei. “Matei o Juca no dia do casamento! Matei o Juca no dia do casamento porque inventei essa brincadeira! Matei o Juca no dia do casamento porque inventei essa brincadeira e a noiva não faz a menor ideia! Matei o Juca no dia do casamento porque inventei essa brincadeira e a noiva não faz a menor ideia e faltam 10 minutos para o altar!” Todos estes pensamentos vieram à minha cabeça como uma bola de neve, um rolo compressor, em uma fração de segundos. Fui acordado do meu torpor ao ouvir a seguinte frase dita com aquela deliciosa voz de criança “Tio Renato, ele morreu?”. Era meu sobrinho, coitadinho, que assistia a tudo ao meu lado. Não dava mais pra pensar, eu tinha que agir! Agarrei o Juca contra o terno impecável e levei-o para a sala de emergências enquanto, miraculosamente, chegava também o padrinho Rodrigo Brum, cardiologista veterinário, que me ajudou a socorrer o Juca. Lembro-me de tê-lo colocado sobre a mesa completamente desfalecido, mole, lívido e ainda urinando. A partir deste momento confesso que não me lembro de nada do que foi feito naquela sala. Deve ter sido a amnésia pós-traumática de que falam. Só me lembro que após algum tempo, que não sei precisar quanto mas que me pareceu uma eternidade, aos poucos, Juca começou a balançar o rabinho, mas ainda com um olhar muito assustado. Um dia perguntarei ao Dr. Rodrigo o que fizemos ou, muito provavelmente, o que ele fez sozinho para trazer o Juca de volta. Faltavam 5 minutos para a cerimônia. Juca estava no melhor local que poderia estar num momento destes, ou seja, na sala de emergências, recebendo oxigênio e acompanhado de seu competente cardiologista. Eu tinha que entrar e deixa-lo ali. Pedi ao cardiopadrinho que ficasse com ele e NÃO fosse para a cerimônia, e fui!
”JU-cão, meu camarada, você está lindo! Vamos colocar a roupinha?”
“- Au-Au-Au-Au-Au-Au-Au!!” – respondeu ele, balançando o rabo a ponto de rebolar.
“É, moleque!!! Eu prometi! Você segurou a onda e agora nós vamos comemorar!” – disse eu, já abrindo o canil para pegá-lo.
“Au-Au-Cofff-Au-Au-Cofff” – retrucou a peça tossindo um pouquinho.
“Calma, quietinho, não vai tossir em cima do bolo, heim?” – brinquei enquanto tentava passar a roupa por seu pescoço no mesmo momento em que chegava o pajem-humano, meu sobrinho, Nicholas.
“Au-Coffffff-Coffffff-Au-Cofffff-Coffffffff-Cofffff”.
Agora, ainda mais feliz e excitado pela chegada do menino, o Juca mais tossia que latia.
“Peraí, Juquinha… calma, quietinho… assim você vai acabar demaian…”.
Não consegui nem terminar a frase. Após um latido tão fino que mais parecia um grito, Juca caiu de lado, desmaiado e se urinando. “Meu Deus, matei o Juca!”, pensei. “Matei o Juca no dia do casamento! Matei o Juca no dia do casamento porque inventei essa brincadeira! Matei o Juca no dia do casamento porque inventei essa brincadeira e a noiva não faz a menor ideia! Matei o Juca no dia do casamento porque inventei essa brincadeira e a noiva não faz a menor ideia e faltam 10 minutos para o altar!” Todos estes pensamentos vieram à minha cabeça como uma bola de neve, um rolo compressor, em uma fração de segundos. Fui acordado do meu torpor ao ouvir a seguinte frase dita com aquela deliciosa voz de criança “Tio Renato, ele morreu?”. Era meu sobrinho, coitadinho, que assistia a tudo ao meu lado. Não dava mais pra pensar, eu tinha que agir! Agarrei o Juca contra o terno impecável e levei-o para a sala de emergências enquanto, miraculosamente, chegava também o padrinho Rodrigo Brum, cardiologista veterinário, que me ajudou a socorrer o Juca. Lembro-me de tê-lo colocado sobre a mesa completamente desfalecido, mole, lívido e ainda urinando. A partir deste momento confesso que não me lembro de nada do que foi feito naquela sala. Deve ter sido a amnésia pós-traumática de que falam. Só me lembro que após algum tempo, que não sei precisar quanto mas que me pareceu uma eternidade, aos poucos, Juca começou a balançar o rabinho, mas ainda com um olhar muito assustado. Um dia perguntarei ao Dr. Rodrigo o que fizemos ou, muito provavelmente, o que ele fez sozinho para trazer o Juca de volta. Faltavam 5 minutos para a cerimônia. Juca estava no melhor local que poderia estar num momento destes, ou seja, na sala de emergências, recebendo oxigênio e acompanhado de seu competente cardiologista. Eu tinha que entrar e deixa-lo ali. Pedi ao cardiopadrinho que ficasse com ele e NÃO fosse para a cerimônia, e fui!
Na casa de festas, quem via o noivo pensava que estava nervoso pela
proximidade da chegada da noiva. Isso era bom. Afinal é normal ficar nervoso no
seu casamento, certo? Ninguém, exceto o padrinho ausente, sabia na verdade a
razão do meu nervosismo. Será que o Juca ia mesmo ficar bem? Ia melhorar? Eu devia
ou não contar à noiva? Quando? Nossa! Já na entrada dos convidados alguém se
aproximou de mim e disse baixinho “O Juca tá bem! Fica tranquilo! Rodrigo disse
que, se continuar assim, vai entrar com ele no colo na hora das alianças”. Ufa,
que notícia maravilhosa! Pude então voltar a pensar no casamento e curtir
aquele momento que atingiu seu ápice, claro, na entrada da noiva: linda!!!
Teria sido um crime fazer aquela mulher chorar naquele dia e eu já sabia, de
alguma forma, que o Juca não ia deixar aquilo acontecer.
Chegou a hora das alianças e eis que entraram, lado a lado, daminhas,
pajens e … seguido de um longo “Óóóóóoóóóóóóóo” de vozes sobretudo femininas,
surgiu o Dr. Rodrigo trazendo no colo um Juca mais calmo que de costume e com
uma carinha triste típica dos vira-latas conquistadores. Olhei bem para a noiva
nessa hora e vi o seu sorriso mais lindo até aquele dia. Aliás, o mais lindo
até hoje e que, tenho certeza, só vai ser superado para o que dará quando vir
nosso filho pela primeira vez. Juca foi trazido sob o olhar de todos e parecia
estar estranhando toda aquela gente o que o deixava tímido, quieto, até que viu
a noiva e começou a abanar o rabinho com todas as forças que tinha. Ao chegar
bem perto aproveitou a oportunidade para dar uma lambidinha, um beijo na boca
da noiva, antes que eu mesmo o tivesse feito. O habilidoso fotógrafo capturou o
momento exato. Juca parecia querer me lembrar e mostrar a todos que conquistou
o coração da Carol antes de mim. Sem problema, somos amigos.
Passado um ano deste dia tão cheio de emoções, Juca está aqui ao meu
lado enquanto escrevo. Deitado em sua amada caminha, velha e surrada. De vez em
quando ele se levanta, dá uma tossidinha, muda de lado e volta a dormir. Um
amigo daqueles com quem vivemos histórias para contar e relembrar para o resto
da vida.
Fonte: Animália Clinica Vet e Pet Shop
Por: Renato Costa
Por: Renato Costa
segunda-feira, setembro 10
A ENCANTADORA DE CAVALOS DOS PAMPAS
"O melhor do meu trabalho é a emoção indescritível a cada cavalo com quem
começo uma relação. O momento em que todas as perguntas dele estão respondidas
e se forma uma união e cumplicidade. Aí sim, me sinto completa e forte, pois é
um momento só nosso: juntos somos um só e poderosos".
(Denise Bicca)
Denise Bicca é veterinária, professora
de equitação, domadora e treinadora de cavalos de esporte e especialista na
correção de traumas e desvios de comportamentos. “De tudo o que eu faço, o
momento mais excitante é quando vou conhecer um novo parceiro de trabalho.
Minha cabeça vai a mil por hora. O primeiro olho no olho, eu perguntando a ele
até que momento é melhor respirar, me movimentar, que caminho prefere que eu
escolha para chegarmos ao objetivo final. Ficar sempre a postos para responder
todas as perguntas que ele tem para me fazer e, no meio dessas perguntas, ele
me contando sua história com riqueza de detalhes”. Assim Denise define a sua
relação com os cavalos.
A veterinária diz que em um redondel
está totalmente disponível ao animal. Ao ser perguntada quantas horas do dia
dedica a este trabalho, ela responde: “não trabalho”. Tira férias? “Não
preciso”. Se tudo na vida de Denise é um sonho, outras pessoas também podem
tê-lo: “Não sei se consigo convencer, mas, certamente tento contagiá-las”.
Clareza e gentileza
Quanto mais estuda, mais claro fica para Denise Bicca que cavalo não se doma. O que funciona para ela é buscar a construção de uma unidade através comunicação clara e gentil. “Deve-se criar um ambiente absolutamente positivo e estimulante para que o cavalo entenda, concorde e queira com nossas diretivas. Iniciar um cavalo é assumir a responsabilidade de levá-lo ao entendimento de nossas solicitações e permitir que ele assuma o compromisso de executar as tarefas, seguir as direções apontadas e manter as velocidades e andamentos solicitados, é criar um acordo de cavalheiros entre cavaleiro e cavalo, baseada na maior suavidade e síntese possível do primeiro de modo que se possibilite que o segundo responda de forma sublime e com a rapidez, presteza e virtuosismo que só um cavalo pode realizar”, ressalta.
Quanto mais estuda, mais claro fica para Denise Bicca que cavalo não se doma. O que funciona para ela é buscar a construção de uma unidade através comunicação clara e gentil. “Deve-se criar um ambiente absolutamente positivo e estimulante para que o cavalo entenda, concorde e queira com nossas diretivas. Iniciar um cavalo é assumir a responsabilidade de levá-lo ao entendimento de nossas solicitações e permitir que ele assuma o compromisso de executar as tarefas, seguir as direções apontadas e manter as velocidades e andamentos solicitados, é criar um acordo de cavalheiros entre cavaleiro e cavalo, baseada na maior suavidade e síntese possível do primeiro de modo que se possibilite que o segundo responda de forma sublime e com a rapidez, presteza e virtuosismo que só um cavalo pode realizar”, ressalta.
Trechos da entrevista com Denise Bicca:
SEDA – Quando e como surgiu a tua paixão por cavalos?
Denise Bicca – Acho que já nasci com esta paixão, pois ainda lembro do primeiro cavalo que vi e até do cheiro dele. Foi em Caxias do Sul e eu tinha apenas 4 anos. Desde então, e para sempre, meu coração bate mais forte quando vejo um.
SEDA – Quando e como surgiu a tua paixão por cavalos?
Denise Bicca – Acho que já nasci com esta paixão, pois ainda lembro do primeiro cavalo que vi e até do cheiro dele. Foi em Caxias do Sul e eu tinha apenas 4 anos. Desde então, e para sempre, meu coração bate mais forte quando vejo um.
SEDA – E como esta paixão se tornou
profissão?
Denise – Desde criança eu já dizia que queria ser médica de cavalos (não de bichos). Minha vida toda foi traçada em função deles, da escolinha de equitação em 1973, quando meu pai me levou ao Cantegril Clube, em Porto Alegre, para ter aulas de montaria, até a faculdade de Medicina Veterinária na UFRGS. De cahorros e gatos, só sei que latem e miam (risos).
Denise – Desde criança eu já dizia que queria ser médica de cavalos (não de bichos). Minha vida toda foi traçada em função deles, da escolinha de equitação em 1973, quando meu pai me levou ao Cantegril Clube, em Porto Alegre, para ter aulas de montaria, até a faculdade de Medicina Veterinária na UFRGS. De cahorros e gatos, só sei que latem e miam (risos).
SEDA – Quantos cavalos já passaram
pelas tuas mãos?
Denise – Não tem como contar, e, se eu pensar somente no tempo em que me profissionalizei, em 1989, já são 23 anos treinando e dando cursos em todo o Brasil. Ou desde que montei o primeiro cavalo em 1973, já deve dar uma soma considerável, com certeza de quatro dígitos.
Denise – Não tem como contar, e, se eu pensar somente no tempo em que me profissionalizei, em 1989, já são 23 anos treinando e dando cursos em todo o Brasil. Ou desde que montei o primeiro cavalo em 1973, já deve dar uma soma considerável, com certeza de quatro dígitos.
SEDA – O método aplicado é o mesmo de
Monty Roberts ou tens algum segredo?
Denise – Na verdade existem muitos bons profissionais que trabalham com comportamento equino. Monty é um deles e, certamente, aquele que conseguiu chamar a atenção sobre um olhar e treinar mais de acordo com o comportamento e linguagem dos equinos aqui no Brasil, através do seu livro “O Homem que Ouve Cavalos”. Só para citar alguns profissionais que me inspiraram e contribuíram na minha formação: Pat Parelli, Tom Dorrance, Clinton Anderson, Jon Ensign, Buck Brabanann e o brasileiro Jango Salgado.
Denise – Na verdade existem muitos bons profissionais que trabalham com comportamento equino. Monty é um deles e, certamente, aquele que conseguiu chamar a atenção sobre um olhar e treinar mais de acordo com o comportamento e linguagem dos equinos aqui no Brasil, através do seu livro “O Homem que Ouve Cavalos”. Só para citar alguns profissionais que me inspiraram e contribuíram na minha formação: Pat Parelli, Tom Dorrance, Clinton Anderson, Jon Ensign, Buck Brabanann e o brasileiro Jango Salgado.
SEDA – Existe alguma diferença entre um
encantador homem e um encantador mulher? Os cavalos sentem a diferença de sexo?
Denise – Na verdade, os cavalos sentem diferenças de muitas coisas, de mínimos detalhes, de suavidade de ritmo e afinidade, independentemente do sexo. Já vi mulheres trabalharem de forma mais rude e homens muito sutis e afinados com seus cavalos. Mas de uma forma geral, mulheres são mais delicadas que homens e, assim, o cavalo se sente mais confortável. Basta saber que na natureza o cavalo vive em rebanho e possui um líder, que é a égua mais velha. Isso prova que trabalhar com cavalos não é uma questão de força, e, sim, de experiência e sabedoria.
Denise – Na verdade, os cavalos sentem diferenças de muitas coisas, de mínimos detalhes, de suavidade de ritmo e afinidade, independentemente do sexo. Já vi mulheres trabalharem de forma mais rude e homens muito sutis e afinados com seus cavalos. Mas de uma forma geral, mulheres são mais delicadas que homens e, assim, o cavalo se sente mais confortável. Basta saber que na natureza o cavalo vive em rebanho e possui um líder, que é a égua mais velha. Isso prova que trabalhar com cavalos não é uma questão de força, e, sim, de experiência e sabedoria.
SEDA – Qual foi teu maior pesadelo num
redondel?
Denise - Não posso dizer que tive pesadelos em um redondel, mas grandes desafios. O pesadelo mesmo é sempre quando saio dele (redondel), ou porque penso que poderia ter feito melhor para aquele cavalo, ou porque terei que entregá-lo para pessoas que não mereceriam estar com ele.
Denise - Não posso dizer que tive pesadelos em um redondel, mas grandes desafios. O pesadelo mesmo é sempre quando saio dele (redondel), ou porque penso que poderia ter feito melhor para aquele cavalo, ou porque terei que entregá-lo para pessoas que não mereceriam estar com ele.
SEDA – E qual tua maior emoção?
Denise – O melhor do meu trabalho é a emoção indescritível a cada cavalo com quem começo uma relação. O momento em que todas as perguntas dele estão respondidas e se forma uma união e cumplicidade. Aí sim, me sinto completa e forte, pois é um momento só nosso: juntos somos um só e poderosos.
Denise – O melhor do meu trabalho é a emoção indescritível a cada cavalo com quem começo uma relação. O momento em que todas as perguntas dele estão respondidas e se forma uma união e cumplicidade. Aí sim, me sinto completa e forte, pois é um momento só nosso: juntos somos um só e poderosos.
SEDA – Tem algum cavalo que marcou mais
tua vida?
Denise – Nossa, todos eles. Pensei agora em uns 5 ou 6, mas vou falar do Elvis, um cavalo que descobri puxando carroça. Ele tinha vindo da Bélgica, custado o preço de um apartamento e foi desenganado para o esporte após sofrer uma queda. Por essas casualidades da vida nossos caminhos se cruzaram e o reconheci. Estava com um carroceiro, magrelo, cheio de bernes, carrapatos e piolhos, mas aquele olhar não tinha nada de coitado. Elvis sempre foi um guerreiro e acabei comprando ele por R$ 200 (o dono queria R$ 500, mas acabou concordando com minha proposta porque ninguém quis o cavalo por achá-lo muito feio). Nunca vou me esquecer do jeito que ele olhou para o caminhão que o embarcou para minha casa. Pareceu que estava embarcando para um grande prêmio. Elvis ergueu a cabeça e pisou firme na rampa, carregando sua magreza, piolhos e carrapatos com toda a determinação que sempre teve. Naquele momento aprendi o que é dignidade, que não depende do que fazem com a gente, é o que a gente faz com o que fazem com a gente. Elvis ficou lindo e muito forte, voltou a saltar e ganhou provas e campeonatos com muita facilidade. Virou sonho de consumo de muita gente (risos). Elvis viveu comigo até seus 30 anos de idade. Ano passado tivemos que nos separar. Foi um parceiro e tanto!
Denise – Nossa, todos eles. Pensei agora em uns 5 ou 6, mas vou falar do Elvis, um cavalo que descobri puxando carroça. Ele tinha vindo da Bélgica, custado o preço de um apartamento e foi desenganado para o esporte após sofrer uma queda. Por essas casualidades da vida nossos caminhos se cruzaram e o reconheci. Estava com um carroceiro, magrelo, cheio de bernes, carrapatos e piolhos, mas aquele olhar não tinha nada de coitado. Elvis sempre foi um guerreiro e acabei comprando ele por R$ 200 (o dono queria R$ 500, mas acabou concordando com minha proposta porque ninguém quis o cavalo por achá-lo muito feio). Nunca vou me esquecer do jeito que ele olhou para o caminhão que o embarcou para minha casa. Pareceu que estava embarcando para um grande prêmio. Elvis ergueu a cabeça e pisou firme na rampa, carregando sua magreza, piolhos e carrapatos com toda a determinação que sempre teve. Naquele momento aprendi o que é dignidade, que não depende do que fazem com a gente, é o que a gente faz com o que fazem com a gente. Elvis ficou lindo e muito forte, voltou a saltar e ganhou provas e campeonatos com muita facilidade. Virou sonho de consumo de muita gente (risos). Elvis viveu comigo até seus 30 anos de idade. Ano passado tivemos que nos separar. Foi um parceiro e tanto!
Quem quiser conhecer mais o trabalho
de Denise Bicca, acesse:
Fonte: Assessoria de Imprensa - SEDA
A melhor reportagem sobre abandono de animais
PELOS DIREITOS DOS ANIMAIS: A melhor reportagem sobre abandono de animais que ...: Parabéns à Rede Record pela excelente reportagem, que abordou de forma clara e correta o abandono de animais, um dos maiores problemas enfre...
domingo, setembro 9
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