Imagine como seria ter um cãozinho para brincar e afofar sem ter
de se preocupar com todas as responsabilidades que vêm junto com eles. Nada de
veterinários, nada de limpar a bagunça, nada de gastar com ração, nada de se
preocupar em viajar sem ter com quem deixar o companheiro de pelos.
Pois
essa oportunidade existe, e é explorada por um serviço recente no Brasil: o
aluguel de cães para companhia. E aqui não se trata, por exemplo, de um animal
para ajudar na guarda de uma casa, ou para “trabalhar” como guia. Com os cães
de aluguel, paga-se apenas para ter a companhia de um peludo, como se ele fosse
seu, mas sem que você tenha de assumir a criação.
Empresas
que alugam bichinhos já existem no exterior, em países como Coreia do Sul e
Estados Unidos. No Brasil, alguns canis oferecem cachorros para passar fins de
semana, semanas inteiras e até mesmo meses. Só basta negociar. Segundo os
proprietários, os peludos já são treinados para lidar com situações diferentes
de seu dia a dia e para conviver com estranhos.
Não há
um padrão de preço, mas as diárias podem sair por um mínimo de R$ 50,
dependendo da raça do cachorro. Geralmente, os cãezinhos mais oferecidos são os
mais dóceis e de menor porte.
Apesar
de parecer uma boa solução para quem adora um pet, mas não pode ter um bichinho
de estimação, o serviço de aluguel de cães é
extremamente controverso e
criticado por organizações não governamentais (ONGs) que se dedicam a lutar
pela proteção dos animais.
Essas
entidades acusam os empresários de colocarem os peludos em uma situação de
crueldade ao forçarem o relacionamento com as pessoas que os alugam. Outro
ponto polêmico é a falta de regulamentação e de controle desses canis.
Diretora
do Instituto de Saúde e Psicologia Animal, a médica veterinária Ceres Faraco
afirma que os cães precisam de consistência e estabilidade para crescer e para
se desenvolver sem traumas e problemas de comportamento.
“Eles
necessitam de um tutor fixo”, diz a veterinária. Segundo ela, cachorros
submetidos a uma convivência forçada com diferentes tutores, como no caso dos
de aluguel, podem se tornar ansiosos e amendrontados. Isso não significa que
necessariamente os bichinhos fiquem agressivos, mas, segundo a especialista,
eles certamente serão infelizes.
A
sugestão de Ceres é que haja pelo menos um ambiente fixo para a socialização
dos peludos com tutores diferentes. Sem ter de se mudar a cada semana, o
estresse dos pets diminui. “Esse serviço poderia existir se fosse em um parque,
por exemplo, com atividades lúdicas, e que eles recebessem visitas”, afirma.
Fonte:
Notícias Yahoo
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