SAIBA O PORQUÊ
Neurocientista
especialista em antropologia evolutiva afirma que o cão é o segundo mamífero
mais bem-sucedido do planeta, atrás apenas dos humanos
Capacidades de comunicação de cachorros são
muito semelhantes às de bebês humanos
Em um mundo em que o nascimento de bebês cai, a população de cães de
estimação aumenta. É cada vez mais comum encontrar animais cercados de mimos,
tratados como filhos pelos donos. O sucesso dos cachorros entre os humanos se
explica pela genialidade canina, segundo Brian Hare, neurocientista fundador do
Centro de Cognição Canina da Universidade Duke, nos EUA, e sua mulher, a
jornalista e cientista Vanessa Woods, autores do livro Seu Cachorro É um Gênio! (Ed. Zahar), que já chegou às
lojas.
Baseados em
um conjunto de trabalhos sobre o assunto que apelidaram de caninognição – ou
seja, a cognição dos cães –, os autores chegaram à conclusão de que o processo
evolutivo que transformou lobos em cachorros domésticos fez com que os animais
adquirissem um novo tipo de inteligência social.
Essa
inteligência teria tornado os cães muito semelhantes a bebês humanos, em termos
de comportamento e de habilidades de comunicação – conquistando seus donos
definitivamente. De acordo com Brian Hare, depois dos seres humanos, os
cachorros são os mamíferos mais bem-sucedidos do planeta, superando até mesmo
os chimpanzés, famosos por sua esperteza.
Seis motivos
pelos quais seu cachorro é mais inteligente do que você imagina
Entende a linguagem corporal humana
Qualquer
dono de cachorro sabe que o bicho é perfeitamente capaz de compreender gestos e
olhares, como a indicação de um local para o qual apontamos ou um olhar de
reprovação. O que poucos sabem, porém, é que essa habilidade de compreensão da
nossa linguagem corporal é extremamente rara entre os animais — nem mesmo os
chimpanzés podem interpretar tão bem nossos gestos quanto os cachorros.
Pode aprender palavras
Além de entender nossos gestos e olhares, cães também
podem ser treinados para aprender palavras e seus significados. Certa vez, uma pesquisadora da Alemanha descobriu que seu cachorro
aprendeu os significados de dezenas de novas palavras por meio de um processo
de dedução lógica igual ao que crianças usam para descobrir nomes de objetos
desconhecidos. Em outro experimento, um professor de psicologia conseguiu
fazer com que sua cadela aprendesse o nome de 1 000 objetos.
Consegue se comunicar com as pessoas
Os
cachorros podem não falar, mas nem por isso são incapazes de se comunicar com
os humanos. Assim como o choro de um recém-nascido pode ter vários
significados, os cães usam diferentes tipos de latidos e rosnados para se
expressar e ser compreendido pelos humanos — pesquisas mostram que os latidos
representam apenas 3% das vocalizações dos lobos, provando que o hábito de
latir é mesmo um recurso decorrente da domesticação. Outros estudos indicam
ainda que a maioria dos donos parece entender os significados dos diversos
latidos de seus cachorros.
Faz e valoriza amizades
Ao
contrário do que acontece em outros grupos de animais, os líderes das matilhas
não são um casal reprodutor dominante, mas sim os cães que têm mais amigos.
Quanto maior a "rede de contatos" de um cachorro, maiores são as
chances de que os outros o considerem um líder e o siga aonde ele for.
Sente empatia
Existem fortes indícios de
que o sentimento de empatia, ou seja, de se sentir mal ao ver alguém sofrendo e
ficar feliz quando alguém sorri, está presente nos cães. Em 50% dos casos de
briga entre dois cachorros, um terceiro elemento que não estava envolvido na
luta se aproxima do perdedor. A aproximação aconteceu mesmo nos casos em que
esse terceiro elemento não tinha visto o embate. Isso significa que os cães
reagem ao comportamento do companheiro de espécie que indica a derrota.
É capaz de enganar o dono
A inteligência dos cachorros também tem seu lado negativo. Um estudo realizado
na Universidade de Viena, na Áustria, mostrou que os cães sabem quando estão ou
não sendo observados pelo dono e se comportam de formas diferentes de acordo
com isso. Os pesquisadores chegaram à conclusão de que os animais desobedecem
mais ordens quando os donos não estão no mesmo ambiente que eles ou estão
distraídos por alguma outra atividade, como ler ou ver TV.
Fonte: Revista Veja
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