Muitos animais são abandonados diariamente nas ruas estando à mercê de atropelamentos, brigas e maus tratos. Para minimizar esta situação existem os métodos de controle de população animal preconizados pela Organização Mundial da Saúde desde 1992, dentre os quais se destacam a educação da população e a esterilização, também conhecida como castração. A castração é uma cirurgia onde se faz a retirada dos testículos em machos e dos ovários e útero em fêmeas, mediante anestesia geral inalatória ou endovenosa somente em clínicas veterinárias. A recomendação para machos é a partir de 12 meses e fêmeas antes do primeiro cio, que acontece por volta dos seis meses de idade. Apesar de ser uma cirurgia descomplicada e rápida, existem riscos que devem ser diminuídos pela realização de exames pré-cirúrgicos e avaliação do estado de saúde do animal pelo médico veterinário.
Segundo as últimas pesquisas, o uso deste método em fêmeas antes do primeiro cio reduz em até 95% a chance de desenvolvimento de câncer de mama nas cadelas, contrariando o que se sabia anteriormente, quando se recomendava uma cria pelo menos na vida do animal. Outra vantagem, com caso das fêmeas, é a inexistência do sangramento, o que pode ser um alívio para os proprietários de animais que vivem no interior das residências. Os machos geralmente se tornam menos agressivos, mais caseiros e deixam de demarcar território através da urina. A castração aliada à educação da população para a posse responsável dos seus animais evitará um grande números de nascimentos indesejáveis. Uma consequência das crias indesejáveis é a quantidade de cães e gatos, muitos filhotes, abandonados nas ruas e rodovias.
Pense nos benefícios que você e a saúde do seu animalzinho podem ter com a castração. Ele merece esta consideração!
*Médica Veterinária
Membro da Comissão de Bem Estar Animal do Conselho de Medicina Veterinária-RS
(Matéria publicada na edição 12)
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