quinta-feira, setembro 8

Mercado pet vai faturar mais de R$ 11 bilhões este ano




Muitas pessoas não gastam R$ 40 por semana para cortar ou hidratar o cabelo ou para fazer as unhas, mas desembolsam esse valor, ou até mais, para cuidar do bicho de estimação. Pesquisa da consultoria GS&MD - Gouvêa de Souza aponta que os tutores gastam em média por ano R$ 760 com cachorros e R$ 560 com gatos.
Ao contrário do Grande ABC paulista, onde esse mercado está saturado, no País o segmento de pet shops deverá alcançar crescimento real de 4,5%, somando R$ 11,2 bilhões neste ano. Apenas o Sudeste representará 52% dessa fatia, segundo a consultoria responsável pelo estudo.
MERCADO - Para o sócio sênior da GS&MD, Luiz Goes, o avanço do setor é amparado pela alta do poder aquisitivo da população, principalmente das classes emergentes, que agora têm mais condições de manter um pet. "O mercado brasileiro tem um potencial muito bom, pois é pouco consolidado. As grandes cinco maiores redes somam apenas 5% do faturamento no setor, enquanto nos supermercados, por exemplo, elas representam 44%."
O País é o segundo maior mercado do mundo no segmento de pet shops, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que movimentam quantia de US$ 48 bilhões. Goes acrescenta que a concorrência entre os pets de garagem é muito grande. A tendência é que parte deles se formalize.
Para alimentar os 98,1 milhões de bichos de estimação dos brasileiros, a indústria de nutrição animal vai produzir neste ano 2 milhões de toneladas de rações. Em 2010, o volume foi de 1,8 milhão de toneladas, sendo que 90% desse montante é destinado para cães. "Cerca de 60%dos domicílios alimentam os pets com as sobras das refeições, em especial as classes D e E", destaca o diretor da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação, José Edson Galvão de França.

 Preços ficaram até 25% mais caros neste ano

Cuidar dos animais de estimação ficou mais caro neste ano. Os principais serviços contratados nos estabelecimentos como banho e tosa, hotelzinho, consulta veterinária e ração encareceram até 25%, dependendo do local frequentado pelo dono. No ano passado, deixar o pet para tomar banho e tosar custava em média R$ 20, mas neste ano o preço atual é R$ 25. Se for usar o serviço leva e traz, o valor atual é de R$ 6 contra os R$ 4 cobrados anteriormente, devido às oscilações no preço do combustível.
Para deixar o bicho no hotel da clínica veterinária é preciso desembolsar valor médio de R$ 26, sendo que há menos de um ano pagava-se R$ 20 pela diária. A consulta veterinária ficou 25% mais cara, R$ 50.
TENDÊNCIAS - O principal evento do mercado de animais de estimação, o Pet South América, será realizado entre os dias 18 e 20 de outubro em São Paulo. A edição deste ano mostrará como indústria de produtos e serviços para animais de estimação está em contínuo crescimento.
Como os animais deixaram e ser apenas parte da vida doméstica para obter um papel significativo na saúde e autoestima dos donos, eles estão gastando cada vez mais com esses integrantes da família.
Prova disso é que a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas divulgou em julho a Pesquisa de Orçamento Familiar brasileira e revelou que os paulistanos gastam mais com a alimentação de seus pets do que o consumo de feijão. A fatia para compra de comida dos animais de estimação é de 0,55%, maior do que 0,39% de feijão.
O diretor da Anfalpet, José Edson Galvão de França, afirma que nos Estados Unidos, parte das rações já são fabricadas com ingredientes orgânicos, livres de agrotóxicos. Outra novidade é a confecção de comedouros sem cheiro de plástico, que em breve chegarão ao País.

Fonte: Anfalpet

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