terça-feira, setembro 6

MEU PET


                      Meg foi um bebê bem agitado. A partir da adolescência, começaram as travessuras




TRAVESSURAS DE UMA CACHORRORRINHA HIPERATIVA

 Ela é tão danada que no Dia das Mães deixou a família sem sobremesa.  Meg, uma linda “salsichinha” arlequim, apronta todas e costuma dar um “cansaço” no pessoal da casa. A tutora, Jane Granemann, conta a história do doce:
- Preparei uma receita bem sofisticada para o almoço do Dia das Mães. Fiz e deixei a torta em cima da mesa da cozinha. E dei uma saída. Um pouco depois, meu filho Rafael me ligou dando a notícia: mãe, a Meg subiu na mesa e comeu a metade da torta e lambeu a outra metade. Ficamos sem a sobremesa naquele dia especial.
 E parece que a Meg gosta mesmo de datas especiais. Na Páscoa, ela comeu um ovo de chocolate. É só o pessoal se distrair um pouco e lá está a cachorrinha aprontando mais uma. Já destruiu a caminha onde dormia, abriu um saco de cimento, roeu móveis, óculos, fez buraco no sofá e costuma revirar o lixo. Tudo isso já lhe rendeu um apelido bem comprometedor: “terroristazinha”. A energia dela não acaba nunca, diz Jane. “Ela sempre quer brincar, jogar bola, correr. Haja fôlego. Mas mesmo assim, a gente adora a  Meg. É o bebezinho da casa.” Mas logo que ela chegou à casa dos Granemann, eles se assustaram com tanta vitalidade, conta a tutora:
- Com 15 dias, eu pensei em devolvê-la. Procurei essa raça porque já havia tido outra “salsichinha” e ela era bem calminha. Pensei que a Meg fosse igual. Mas ela ficou porque a gente gostou muito dela.
 O que Jane não sabia na época da compra, é que a Meg é um animal hiperativo. E uma das principais causas de hiperatividade em animais é a separação precoce da mãe  e da ninhada. Foi o que aconteceu com a Meg:
- Quando chegamos no criadouro para escolher, nos chamou a atenção uma cachorrinha que estava sozinha, deitada em uma bolsa de água quente. Ela tinha dois meses e já estava separada da mãe há bastante tempo. A gente a viu ali, abandonadinha, com carinha de vítima, parecia um anjinho e dissemos: é esta! Quando chegamos em casa já sentimos  que ela era “espivitada” .
   A família procurou orientação de um adestrador que deu algumas dicas: “ Não é só o cachorro que precisa ser reeducado. Todos da casa também precisam seguir algumas regras, impor limites. A gente mima demais a Meg e daí ela toma conta, é muito carinhosa e sabe que apronta... Mas ela já melhorou muito,” diz Jane.
   Além das dicas do adestrador, Jane segue no aprendizado de como lidar com o bichinho de estimação da casa:
- Leio livros sobre o assunto, assisto a programas especializados na TV. Acho que vamos conseguir. É como se a gente estivesse educando um filho.

SAIBA MAIS: PELAGEM

O popular “salsicha” é da raça Teckel e todas as variedades pertencem ao grupo Dachshund. O grupo é de origem germânica e suas raízes são bem antigas, tanto que ilustrações datadas dos séculos XV,XVI e XVII mostram doninhas sendo caçadas por cães alongados de corpo e pernas curtas que lembram os atuais. Arlequim é uma pelagem castanho claro, cinza claro, às vezes até branca com manchas desiguais e de cor marrom escuro , amarelo avermelhado ou preta.
Fonte: Kennel Club


As dicas a seguir são do médico veterinário Luiz Antonio Scotti, especialista em comportamento animal


DICAS PARA NÃO DESENVOLVER A HIPERATIVIDADE: 


·                     Procurar comprar um animal na idade correta, a partir dos 90 dias 
·                     Verificar se a vacinação do filhote foi assinada por um medico veterinário 
·                     Dar ração de excelente qualidade e não realizar trocas constantes das rações 
·                     Impor limites ao animal é fundamental 
·                     O animal não é um brinquedo de pilha que funciona a hora em que a gente quer 
·                     Ter um animal de estimação é uma grande responsabilidade 
·                     Temos um animal de estimação para interagir 24 do dia 
·                     Não podemos querer que o animal nos auxilie na nossa “terapia”, não podemos esperar           que ele sirva para combater nossas ansiedades 
·                     Animal não deve dormir na cama, porque cão que dorme com o dono vai estar constantemente testando-o 
·                     O animal precisa comer, no mínimo, duas vezes por dia 
·                     O filhote precisa comer de quatro a cinco vezes por dia 
·                     O gato tem que ter comida a vontade à noite 
·                     Retirar o horário de alimentação dos animais, do horário de alimentação dos humanos. Quem come primeiro é o Alfa, o dominador. Ou seja, o dono do animal 
·                     O animal precisa de espaço. Precisa correr, precisa interagir com outros de sua espécie. Ele precisa ir para o parque e dar uma boa caminhada. Não só aquela caminhada para fazer o xixi e o cocô. 
·                     Para tratamento de qualquer problema comportamental, o veterinário precisa conhecer o ambiente e as pessoas que cercam o animal. É importante o médico ir até a casa do cliente 
·                     Quando o animal sai para o passeio, ele não pode puxar o dono. Ele tem que andar sempre do lado ou atrás do dono 
·                     Para corrigi-lo você pode pegá-lo pela pele do pescoço, como se fosse a mãe dele abocanhando o pescoço dele.
·                     Não bata em seu animal, nem com o “rolinho” de jornal. Isto não corrige o animal. O bichinho entende isso como violência e não como correção 




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