Muita gente não sabe, mas São Paulo,
Curitiba, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro possuem leis que protegem cães
comunitários. Em geral, o cão de rua, uma vez
cadastrado no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade, tem direito a castração, vacinação e
micro-chipagem gratuitas, sem mencionar o direito de viver na rua desde que um
dos tutores assine um termo de responsabilidade.
No CCZ de SP há 21 cães
comunitários cadastrados, e a prefeitura vê benefícios para a comunidade porque
considera esses animais uma barreira
sanitária: por serem vacinados, não existe risco de transmissão de doenças, de
brigas por fêmeas no cio, se castrados, e, por serem territorialistas, sua
presença evita que outros bichos invadam ou sejam abandonados naquele endereço.
Além disso, é comum o animal
comunitário ser adotado
por um dos tutores. Aliás, é isso que tem ocorrido em Curitiba, onde dez dos
50 animais inseridos no projeto Cães Comunitários – implantado em 22 terminais
de ônibus – foram adotados.
Segundo Alexander Biondo, diretor da
Rede de Proteção Animal de Curitiba, em outros lugares do mundo esses animais
são vistos como parte do cotidiano urbano: “Queremos trazer essa cultura para o Paraná. Os cães ganham mais
respeito e zelo. Depois de castrados, vacinados, micro-chipados e cuidados,
acabam conquistando a simpatia dos usuários dos coletivos, no caso do
projeto citado, que os tiram das ruas.” Em Araucária-PR, dos 161 cães
cadastrados como comunitários em três anos
pelo CCZ, 25% conseguiram um lar.
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