sexta-feira, setembro 26

CURIOSIDADE

Cheirar é com os elefantes
Mais que dizer que «alguém tem uma memória de elefante», vamos poder começar a usar a expressão «alguém tem um nariz de elefante», sem qualquer ofensa àquele a que nos dirigimos, nem ao tamanho do seu nariz. É que, segundo um grupo de investigadores da Universidade de Tóquio, os elefantes são, de entre os representantes do reino animal, aqueles que melhor olfato apresentam.

Segundo o estudo realizado, os elefantes apresentam o maior número de genes dedicados aos receptores olfativos, cerca de dois mil, tanto quanto se sabe. Para chegarem a esses resultados, os investigadores compararam o olfato dos grandes mamíferos proboscídeos com o de outros 13 animais e concluíram que, mais que o tamanho da tromba, os receptores olfativos dos elefantes fazem com que sejam mesmo os melhores, quando toca a identificar cheiros e aromas.

Esta apetência dos elefantes para o tudo o que diz respeito ao olfato pode estar relacionado com a sua necessidade de se deslocar em grandes viagens em busca de alimento e água e, para além da memória que lhes é reconhecida, a capacidade de detectar e identificar cheiros vai ajudar a manada a movimentar-se e encontrar com mais facilidade tudo aquilo que precisa. Alguns do genes ligados ao olfato identificados são únicos nos elefantes e podem ajudar a explicar esta tremenda capacidade dos elefantes em, literalmente, «meter o nariz em todo o lado».

Segundo estes investigadores da Universidade de Tóquio, o olfacto dos elefantes é cinco vezes mais poderoso que o dos humanos, o que não será de estranhar, mas é também duas vezes mais poderoso que o dos cães, e sabe-se da tremenda capacidade dos cães em ajudar os humanos usando como recurso único o seu nariz, o que é cada vez mais usado em novas valências, seja para proteger pessoas e bens, seja para detetar doenças.

O objetivo final deste estudo é contribuir para o desenvolvimento de um «nariz eletrónico» com as melhores capacidades de cada um dos mamíferos estudados, e que possa ser usado em prol dos humanos, com os mesmos objetivos com que são usados os dos cães, mas potenciados pelo conhecimento adquirido e pela utilização das novas tecnologias.
Fonte: bicharada.net


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